No que cremos


http://image.slidesharecdn.com/antesvocprecisacrer2003-121209125158-phpapp02/95/Os pontos de fé da Igreja Adventista da Promessa são:

1) A Bíblia Sagrada

Cremos na Bíblia Sagrada; cremos que é a palavra de Deus, inteiramente inspirada pelo Espírito Santo, sendo, por isso, inteiramente confiável e suficiente para nos encaminhar à salvação e nos conduzir ao crescimento na santificação e no conhecimento de Deus e de sua vontade.

Referências bíblicas: Sl 19:7-8, 119:142, 160; Dn 4:2; Mt 5:17-20; 2 Tm 3:16; 2 Pe 1:12a.

2) A triunidade divina

Cremos e adoramos um único Deus, que existe em três pessoas distintas entre si: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Referências bíblicas ao Pai: Dt 32:6; 2 Sm 7:14; Sl 68:8, 89:26; Is 63:16, 64:8; Jr 3:4, 19; Ml 1:6, 2:10; Mt 5:16, 6:9, 26:53; Jo 6:27; At 1:4; Rm 1:7; 2 Co 1:2; Gl 1:3; Ef 4:6, 6:23; 1 Pd 1:2-3, etc.

Referências bíblicas ao Filho: João 1:1, 8:58, 17:5, 20:28; Rm 9:5; Fp 2:5-6; Cl 1:17; Tt 2:13; Hb 13:8; 2 Pd 1:1; 1 Jo 1:1, etc.

Referências bíblicas ao Espírito Santo: Gn 1:2; Mt 1:20; Lc 12:12; Jo 3:5-7, 16:8; At 1:8, 5:3-4, 8:29, 13:2; 1 Co 2:10-11, 3:16, 12:11; Ef 4:30.

3) A criação do mundo

Cremos que Deus criou o mundo pela sua palavra e para a sua glória. Cremos que, além de criador, ele é o sustentador do universo e se revela através da criação, sem se confundir com ela, bem como se revela através da Palavra e do Filho.

Referências bíblicas: Gn 1-2; Sl 19:1-4, 146-150; Jó 38-39; Rm 1:20; Cl 1:17; Hb 1:1, 11:3.

4) Origem, queda e restauração do ser humano

Cremos que Deus criou o ser humano, tal como narrado em Gn 1:26-27, 2:6-7, 18-23. e que este herdou de seu criador não primariamente a aparência física, mas as facetas de sua personalidade: pensamentos, emoções e arbítrio, bem como a natureza espiritual, para conhecê-lo e adorá-lo. Entendemos que a criação do ser humano difere de todo o restante da criação, pois este é obra das mãos de Deus e possui capacidade para relacionar-se com o criador.

Entendemos também que a queda do ser humano é decorrente de uma escolha mal feita: a de desobedecer à ordem divina de não comer da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2:17), o que teve como resultado o pecado universal (comum a todos os descendentes de Adão e Eva) e sua consequência final: a morte.

Cremos que, apesar da ofensa humana ao Criador, este proveu um meio de redimir a humanidade: o sacrifício de Jesus Cristo em favor dos pecadores, a fim de reconciliá-los com Deus e devolver-lhes o direito à vida eterna.

Referências bíblicas: Gn 1:26-27, 2:6-7, 17-25, 3; Sl 8:5-8, 95:6; Os 6:3; Rm 5, 8:1-17,38-39; 1 Co 15; 1 Jo 1:7.

5) Jesus Cristo: salvador e mediador da humanidade

Cremos que Jesus Cristo, plenamente divino e plenamente humano, foi o único capaz de quitar a dívida dos seres humanos para com Deus, reconciliá-los com este e livrar da morte eterna todos que crerem em seu nome e o confessarem como Senhor e Salvador. Cremos que só através do sacrifício de Cristo, na cruz do Calvário, o ser humano alcança a redenção: é declarado livre de toda culpa e é feito filho de Deus. Jesus Cristo é o único Salvador, porque, sendo inocente, morreu em lugar dos pecadores condenados à morte, para dar-lhes o direito à vida; é também o único mediador, porque reconciliou a humanidade e toda criação com Deus, e intercede pelos pecadores junto ao Pai.

Referências bíblicas: At 4:12; Rm 3:10-18, 5:8-10, 6:23; 2 Co 5:18-21; Fp 2:5-11; Cl 2:7-11; 1 Tm 2:5-6.

6) Regeneração e conversão

Cremos que, por um ato de misericórdia, Deus dá nova vida àqueles que estão mortos espiritualmente. Isso é o que chamamos de regeneração ou novo nascimento. Cremos também que, uma vez regenerado, o ser humano capacitado pelo Espírito Santo a responder positivamente ao chamado do evangelho de Cristo, ou seja, a render-se à proposta divina de abandonar o pecado em arrependimento e voltar-se para Cristo em fé. Isso é o que chamamos de conversão.

Referências bíblicas: Mt 18:3; Mc 1:14; Jo 3:1-21, 16:8-11; Rm 10:17; 2 Co 5:17, 7:9-10, 12:3; Ef 2:1; 1 Pe 1:23.

7) Justificação e adoção

Nós cremos na justificação, o ato unilateral de Deus declarar que, aos seus olhos, os pecadores são justos, por causa do sacrifício de Jesus. Quando o recebemos como Senhor e Salvador da nossa vida, Deus nos perdoa e somos declarados justos. Cremos também que, além de nos justificar, Deus nos adota como seus filhos, membros de sua família. Isso se chama adoção.

Referências bíblicas: Jo 1:12; 2 Co 5:21; Rm 6:23, 8:13-16; Ef 1:5, 2:1,3, 2:19; Hb 9:22.

8) Santificação e perseverança

Nós cremos na santificação. Entendemos, com base na Epístola aos Hebreus, que, sem ela, ninguém verá o Senhor (Hb 12:14). Cremos que somos santos, não porque adquirimos uma posição elevada de espiritualidade, mas porque, ao recebermos Cristo como Senhor, fomos “separados” do nosso antigo modo de viver para um novo estilo de vida orientado por padrões estabelecidos por Deus.

Nós também cremos na perseverança. Entendemos que a salvação pode ser perdida, e, por isso, deve ser preservada. Entendemos que o livre arbítrio não é destruído, no momento em que uma pessoa aceita a Jesus, e que, portanto, o risco da apostasia é real, se o crente não perseverar.

Referências bíblicas: Mt 24:13, 10:22; Mc 13:13; Jo 8:31-32; 1 Co 1:2,30, 3:16, 6:19 ; 2 Co 1:1, 7:1; Rm 6:18, 8:14; Gl 5:16-18,22; Ef 4:13; Fp 1:1,6, 2:12, 3:13-16; Cl 1:1,22-23; 2 Ts 2:13; 2 Tm 4:8; Hb 2:1, 6:4-11, 10:26, 12:1-2,14; 1 Pd 1:15, 2:9; 2 Pd 1:21, 3:2; 1 Jo 3:2,6; Ap 2:10, 3:11.

9) O batismo no Espírito Santo

Nós cremos no batismo no Espírito Santo. Entendemos que esta obra não é a regeneração, pois os discípulos já eram nascidos de novo quando o receberam. Também não é a santificação, que, como vimos, está ligada à separação do crente para Deus e é um processo diário. Ela não é, do mesmo modo, uma recompensa por serviços prestados a Deus. Quem a recebeu não é superior a quem não a recebeu.

Cremos que as línguas que servem de evidência para o batismo no Espírito não são humanas, das nações, mas celestiais. A experiência de ser batizado no Espírito Santo é uma das mais importantes e maravilhosas que um cristão pode vivenciar; todavia, não acreditamos que alguém possa ser batizado sem propósito. O objetivo do batismo no Espírito Santo é a capacitação do discípulo de Cristo para a proclamação do evangelho (At 1:8).

Referências bíblicas: Is 32:15, 44:3; Ez 36:27, 39:29; Jl 2:28-29; Mt 3:11; Mc 1:8; Lc 3:16, 11:10, 24:49; Jo 1:33; At 1:5,8, 2:4,16,33,39; 1 Co 6:19, 14:2.

10) Os dons espirituais

Nós cremos nos dons espirituais, cuja origem é o Espírito Santo. Os dons são úteis à igreja de Cristo. São diversificados, presenteados pelo Espírito e indispensáveis no processo da nossa edificação e serviço espiritual.

Referências bíblicas: Rm 12:6-8; 1 Co 12 e 14; Ef 4:11-12.

11) Evangelização e discipulado

Cremos que é missão da igreja evangelizar e discipular. Não basta levar o pecador à fé salvífica inicial; é preciso ensinar a cada um com toda a sabedoria, para que apresentemos todo homem perfeito (maduro) em Cristo (Cl 1:28). Muito mais do que conversos, admiradores ou defensores, Jesus deseja que aqueles que o seguem sejam seus discípulos.

Referências bíblicas: Mt 4:23, 10:25; Mc 16:14,15; At 1:2,8, 5:42; Cl 1:28.

12) Ordenanças instituídas por Cristo

Nós cremos nas ordenanças instituídas por Cristo e as praticamos. São elas: O batismo por imersão, o lava-pés e a ceia do Senhor.

12.1) O batismo por imersão:

Cremos que o batismo bíblico é sempre por imersão em água. Essa maneira de realizá-lo representa três fatos espirituais: a morte, o sepultamento e a ressurreição. O crente morre para o mundo, é sepultado e ressuscitado para uma nova vida com Deus e para Deus. O batismo é o símbolo da mudança ocorrida na vida do pecador. Nele, o cristão torna pública sua fé em Cristo e reconhece o senhorio de Jesus em todas as áreas de seu viver. Esse ato tem a ver com a união do crente com seu Senhor ressurreto. É demonstração da disposição de viver submisso a Jesus e à sua santa palavra.

Referências bíblicas: Mt 3:2,7-17, 28:18-19; Mc 16:16; Lc 3:7-14; Jo 1:23, 3:22, 4:22; At 2:38-41, 8:12,13,36-38, 9:18, 10:48, 16:15,33, 18:8, 19:5, 22:16; Rm 6:1-4; 1 Pe 3:21.

12.2) O lava-pés:

Cremos que o lava-pés é uma ordenança de Cristo a sua igreja e deve ser praticado por todos os cristãos, pois, após lavar os pés de seus seguidores, Jesus explicou-lhes a grande lição desse ato, que é a prática da humildade, e ordenou-lhes que também lavassem os pés uns dos outros, acrescentando: … eu vos dei o exemplo para que, assim como eu vos fiz, façais vós também (Jo 13:14-15).

Referências bíblicas: Lc 22:24-27; Jo 13:14-15.

12.3) A ceia do Senhor:

Entendemos que a ceia do Senhor é outra valiosíssima ordenança de Cristo a sua igreja. É composta por dois elementos extremamente simples, porém, profundamente simbólicos: o pão e o vinho, e tem dois importantes propósitos: a recordação (1 Co 11:24,25) e a comunhão (cf. 1 Co 10:16-17).

A Bíblia recomenda que, antes de participar da mesa do Senhor, o crente precisa fazer um autoexame: Examine-se, pois, o homem a si mesmo (1 Co 11:28). O objetivo deste exame não é que o crente se exclua dessa celebração, mas, sim, que coma do pão, e beba do cálice (cf. 1 Co 11:28). O exame é necessário para que o cristão não participe da ceia do Senhor indignamente. O crente precisa esquadrinhar seu coração, num exame minucioso, e confessar os pecados a Deus. Precisa também refletir sobre o significado da morte de Cristo e, com essa compreensão, sentar-se à mesa para desfrutar dela com reverência e seriedade.

Referências bíblicas: Mt 26:26-30; Mc 14:22-26; Lc 22:14-23; 1 Co 10:16-17, 11:20,24-25,28.

13) A sã doutrina

Nós cremos na sã doutrina, que é um conjunto bem definido de ensinamentos, inteiramente sadios e limpos, que têm por base única as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo (1 Tm 6:3). A doutrina de Deus é de valor inestimável e nos foi entregue para ser guardada íntegra, mediante a assistência do Espírito Santo que em nós habita (2 Tm 1:14). Esta sã doutrina deve ser transmitida e guardada, não aprisionada. Transmiti-la sem distorções é obrigatório.

Referências bíblicas: At 13:12; 1 Tm 1:10, 4:1,6,13,16, 5:17, 6:1,3; 2 Tm 1:13-14, 2:2, 3:10,16, 4:3; Tt 1:9,13, 2:1-2,10.

14) Abstinência e temperança

Nós cremos na abstinência. Entendemos, pela Bíblia, que o Deus Santo soberanamente classificou, caracterizou e denominou os animais que poderiam ser usados como alimento pelo seu povo. Entendemos, ainda, que a doutrina bíblica da abstinência, também associada à santidade, continua válida para nós, que vivemos neste século, e para todos que viverão nos séculos seguintes.

Também cremos que devemos demonstrar temperança, isto é, moderação no consumo dos alimentos. Mas entendemos também que, no sentido espiritual, ser temperante ou ter domínio próprio significa conduzir-se com moderação e exercer o autocontrole em todos os aspectos da vida, não apenas em questões ligadas ao consumo de alimentos. Temperança ou domínio próprio é um dos nove aspectos do fruto que o Espírito Santo produz em nós, quando andamos debaixo da sua direção (Gl 5:16, 22-23a).

Referências bíblicas: Gn 1:20-29, 2:16-17, 3:1-6, 6:5-7,18-20, 7:2-7, 9:3; Lv 11; Dt 14:1-3; Pv 23:1-2, 25:16; Mt 13:48; At 10:14, 11:8, 24:25; Gl 5:22; 1 Tm 4:3; 1 Pd 1:5; 2 Pd 1:1,6, 5-8 ; Ap 18:2.

15) A oração e sua eficácia

Cremos que a oração é um aspecto fundamental no exercício da vida cristã. A eficácia da oração nos é garantida por Jesus: Por isso vos digo que tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis, e tê-lo-eis (Mc 11:24). Todavia, entendemos que a oração não tem poder em si mesma: sua eficiência depende, exclusivamente, do poder divino. É Deus quem efetua, por sua vontade, tanto o querer como o realizar (Fp 2:13).

Referências bíblicas: 1 Rs 8:30; 2 Cr 7:14; Jó 22:27; Sl 66:18; Is 12:1; Jr 29:12; Mt 6:9-13, 19:26; Mc 11:24; At 8:15, 14:8-11; Fp 2:13, 4:6-7; Tg 4:3.

16) A cura divina

Nós cremos que Deus pode curar todos os tipos de enfermidades. Contudo, cremos que, ao curar alguém, Deus sempre tem um propósito. A cura pode ser efetuada para a manifestação das obras de Deus (Jo 9:3), o cumprimento da palavra e da vontade dele (Mt 8:16,17; Mc 3:1-5) e o testemunho do poder do Senhor (Mc 5:19).

Referências bíblicas: Nm 12:12-15; 2 Sm 24:25; 2 Rs 5:1-15 20:1-11; Jó 42:10-13; Sl 103:3; Mt 8:3,16-17, 9:35; Mc 1:31, 3:1-5, 5:19; Lc 7:21; Jo 9:3; At 3:7, 5:16, 9:34, 14:10.

17) A lei dos dez mandamentos e sua vigência

Cremos que a validade dos dez mandamentos é contínua e a sua aplicação é universal. Eles valem para todos os tempos e devem ser pessoalmente obedecidos por todos que são justificados gratuitamente, mediante a fé em nosso Senhor Jesus Cristo. Entendemos que os salvos são capacitados por Deus para a obediência e que, portanto, esta é o fruto da salvação efetuada por Deus naqueles que creem em Jesus.

Referências bíblicas: Êx 20, 31:18, 34:28; Dt 4:1,13, 5:33, 8:1, 10:4; Mt 19:16; Jo 12:50; Rm 1:5, 7:10.

18) O verdadeiro dia de descanso

Cremos que Deus santificou o sétimo dia, o sábado, estabelecendo com ele uma relação especial. Por ter sido instituído no Éden e entregue, primeiramente, a Adão e Eva, o verdadeiro dia de descanso foi entregue por Deus a toda a humanidade e continua válido, uma vez que não foi revogado por Cristo. Nesse dia santo, não devemos cuidar dos nossos próprios negócios e interesses, mas, sim, aprofundar nossa comunhão com Deus e com nossos irmãos.

Referências bíblicas: Gn 2:1-3; Êx 20:8-10; Dt 5:12; Ne 9:14; Is 58:13-14; Mc 2:27-28.

19) A distinção das leis

Além das leis morais, reveladas nos dez mandamentos, duas outras foram formalmente instituídas por Deus, no monte Sinai: as leis rituais e as civis. As leis rituais ou cerimoniais diziam como as cerimônias e os sacrifícios deveriam ser preparados e apresentados ao Senhor; as civis, por sua vez, diziam quais eram os direitos e os deveres dos israelitas. Estas duas leis também provêm de Deus, mas se distinguem das morais, principalmente, no que diz respeito ao período de vigência e ao público a que se destinam: foram suspensas por Cristo e destinavam-se apenas ao povo de Israel. Cremos, portanto, que a lei que permanece vigente para a nossa e para todas as épocas é a lei moral de Deus.

Referências bíblicas: Êx 21:14-19; Hb 9:1-10, 10:1-14.

20) A manutenção da obra: dízimos e ofertas

Cremos que existem duas práticas bíblicas estabelecidas por Deus como meio de manutenção de sua obra aqui na terra: os dízimos e as ofertas. São esses subsídios que têm permitido à igreja cumprir sua missão no mundo. Entretanto, dízimos e ofertas não são compromissos que temos com a igreja, mas, sim, com o Senhor.

O dízimo não deve ser encarado como uma doação à igreja, mas como um ato de adoração e gratidão por tudo que Deus nos concede.Não é opcional: é um dever de todo crente. As ofertas, por sua vez, são sempre voluntárias. No Novo Testamento, o ato de contribuir é considerado um privilégio que Deus nos concede. Os dízimos e as ofertas são, igualmente, atos de gratidão ao Senhor.

Referências bíblicas: Gn 14:20, 28:20-22; Dt 16:17; Ne 12:44; Pv 3:9-10; Lv 27:31; Ml 3:8-12; Mt 23:23; 2 Co 8:4-11, 9:5-7; Hb 7:8.

21) Submissão às autoridades e liberdade de consciência

Com base na palavra de Deus, acreditamos que todo cristão deve obedecer e se submeter às autoridades governamentais e às leis do país em que vive; deve orar pelos líderes da nação e pelo bem-estar do povo; ser bom cidadão que exerce seus direitos e cumpre seus deveres na sociedade em que vive. Esse mesmo princípio bíblico de submissão e obediência aplica-se também às autoridades eclesiásticas: os líderes e consagrados da igreja de Cristo, especialmente os pastores.

Contudo, nenhuma dessas autoridades é absoluta e inquestionável. Se as autoridades deixam de cumprir o que Deus lhes designou, exigindo o que Deus proíbe ou proibindo o que Deus ordena, então, nosso dever é resistir e não nos sujeitar. A isso, damos o nome de “liberdade de consciência”.

Referências bíblicas: Dn 4 e 6; Mt 22:21; At 5:29; Rm 13:1,6-7; 1 Ts 5:12-13; 1 Tm 2:1-2; Tt 3:1; Hb 13:17; 1 Pd 2:17.

22) O casamento, o lar e a família

Nós cremos na importância da família. Entendemos que é impossível existir sociedade justa e igrejas fortes sem famílias estruturadas. Segundo a Bíblia, o casamento foi ideia de Deus (Gn 2:18-24). Por isso, é o único meio legítimo de se construir um lar. No conceito bíblico, casamento é a união de duas pessoas de sexos diferentes, que se comprometem, diante da lei, a viverem juntas, uma para a outra, na condição de marido e mulher, até que a morte os separe. Em Gênesis 2: 24, descobrimos que o casamento idealizado por Deus é heterossexual, monogâmico, exclusivo, indissolúvel, público e físico.

Referências bíblicas: Gn 2:18-24; 1 Co 7:1-6,10-17; Ef 5:22-32, 6:1-4.

23) A igreja de Cristo

Nós cremos na igreja. As Escrituras a chamam de corpo de Cristo (1 Co 11:3; Ef 5:23), lavoura (1 Co 3:6-9), edifício (1 Co 3:10-13), noiva (Ap 19:7-8), família (Ef 3:14-15), templo (2 Co 6:16). A igreja é a comunidade dos santos, a reunião do povo de Deus e o próprio povo de Deus. É o conjunto dos verdadeiros cristãos de todos os tempos; os que se arrependeram e foram perdoados, justificados e adotados mediante a fé em Jesus. Reúne pessoas de todas as raças, de todas as distâncias, de todas as nacionalidades, de todas as culturas, de todos os gostos e propensões, de todas as camadas da sociedade, de todos os temperamentos.

Cremos que Jesus é o proprietário da igreja e que, portanto, não podemos associá-la ao nome de uma pessoa humana, por mais célebre que seja esta pessoa. Jesus é a cabeça da igreja. Somente ele deve ser honrado pelo que fez e continua a fazer por ela e através dela. Além de ser o proprietário, Jesus também é o protetor da igreja. Por isso, ela é forte, não em si mesma, mas em Cristo.

Referências bíblicas: Mt 16:18; 1 Co 3:6-13, 11:3; 2 Co 6:16; Ef 3:14-15, 5:23; Fp 3:20; Hb 13:14; Ap 19:7-8.

24) A mortalidade da alma

Nós cremos na mortalidade da alma. Entendemos que é claro o ensino bíblico de que o ser humano não tem uma alma, mas é uma alma. A Bíblia enxerga o ser humano em sua totalidade, sendo que, quando ele morre, vai à sepultura em sua totalidade (Jó 33:14, 18; Ec 9:5, 10; Sl 146:4). Isso significa que não existe vida humana extracorpórea. Jesus disse que é dos sepulcros que os mortos ressurgirão (Jo 5:28). Sendo assim, depois da morte, não existe segunda chance: ou iremos ressuscitar para vida eterna, ou iremos ressuscitar para a morte eterna (Dn 12:2).

Referências bíblicas: Gn 2:7,16-17, 3:19; Jó 33:14,18; Sl 104:29, 146:4; Pv 19:16; Ec 9:5,10, 12:7; Ez 18:4,20, 33:9; Dn 12:2; Jo 5:28; 1 Co 15:51-52; Tg 2:26.

25) Os dias da crucificação e da ressurreição de Jesus

Nós cremos que Jesus foi crucificado no dia 14 de abibe, numa quarta-feira, sepultado ao pôr-do-sol deste mesmo dia e ressuscitado no dia 17 de abibe, no sábado, momentos antes do pôr-do-sol. É muito claro pela leitura dos evangelhos que Jesus foi traído e preso na mesma noite em que ceou com seus discípulos. O evangelho de João diz sobre essa noite: Faltava somente um dia para a Festa da Páscoa (13:1 – NTLH). Nessa noite, Jesus foi traído, preso e julgado pelo Sinédrio (cf. Mt 26:47-75; Mc 14:43-72; Lc 22:47-71; Jo 18:1-27), e, ao amanhecer, levado diante de Pilatos para também ser julgado (cf. Mc 15:1-15; Lc 23:1-25; Jo 18:28-19:16).

Cristo esteve morto por três dias e três noites inteiras. No final do sábado, quando as mulheres foram ao sepulcro de Jesus, ele já havia ressuscitado (Mt 28:1,6). E, se ele ressuscitou no sábado, momentos antes do pôr-do-sol, para ter ficado três dias e três noites no coração da terra, temos de concordar que ele foi colocado no túmulo em uma quarta-feira, momentos antes do pôr-do-sol.

Referências bíblicas: Mt 26:47-75, 28:1, 6; Mc 14:43-72, 15:1-15; Lc 22:47-71, 23:1-25; Jo 13:1, 18:1-28, 19:16.

26) A segunda vinda de Cristo

Nós cremos na segunda vinda de Cristo. Cremos que esse evento será literal (At 1:10, 11), pessoal (Jo 14:3; 1Ts 4:16a), visível (Mt 24:30a; Ap 1:7), glorioso (Mt 16:27; 24:30b; Cl 3:4) e súbito (Mt 24:44). Entendemos que a data da volta de Cristo já está certa, mas Deus não a revelou em sua palavra. Jesus deixou claro que apenas o Pai sabe o tempo exato desse evento. Disse, ainda, que não nos compete saber esta data, que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade (At 1:7).

Referências bíblicas: Is 25:9; Dn 7:13; Zc 14:5; Ml 3:2-3; Mt 16:27, 24:3,17,30,37,39,42,44; Mc 13:26; Lc 21:27; Jo 14:3; At 1:10-11; 1 Co 1:7; Cl 3:4; 1 Ts 2:19, 4:15,16; 2 Ts 1:7, 10; Tt 2:13; Tg 5:7-8; 1 Pd 1:7; 2 Pd 1:16, 3:4, 12; 1 Jo 2:28; Jd 14; Ap 1:7.

27) As ressurreições dos mortos

Nós cremos em duas ressurreições: a dos justos e a dos injustos (Dn 12:2; Jo 5:28-29). Essas duas ressurreições distinguem-se também quanto ao tempo e aos propósitos. Cada uma ocorrerá no seu próprio tempo. A primeira marcará o início da bem-aventurança para os salvos. A segunda, por sua vez, marcará o início da desventura para os não-salvos. A Escritura afirma que há uma ordem: os que são de Cristo, ressuscitarão por ocasião da sua segunda vinda (1 Co 15:33; 1 Ts 4:16), e os que não são de Cristo, mil anos depois da ressurreição dos justos (Ap 20:5).

Referências bíblicas: Jó 19:25-27; Sl 16:8-11, 49:14-15, 73:24; Is 26:19; Dn 12:2; Mt 16:21; Mc 10:34; Lc 9:22; Jo 5:28-29, 6:39-40; At 2:24,32; 1 Co 15:3-4,20-24,33-50; 2 Co 5:1-4; 1 Ts 4:13-16; Ap 20:5.

28) O milênio

Nós cremos que o milênio terá início com a segunda vinda de Cristo e não será na terra, mas no céu. Foi para o céu, o lugar onde Deus está (Mt 6:9), que Jesus prometeu levar seus seguidores. É só a partir da volta de Cristo que os salvos começarão a reinar com ele (Ap 20:6). Primeiramente, durante o milênio, no céu; depois disto, na terra (Ap 21:1-2), onde o próprio Deus morará com os salvos (Ap 21:3).

Cremos que, no início do milênio, Satanás será aprisionado e assim ficará, durante todo esse tempo (Ap 20:1-2). Ele estará circunstancialmente impedido de executar seus maldosos planos, porque, depois da volta do Senhor, a terra estará desolada e completamente vazia (Is 24:1). Após o retorno de Cristo, os salvos estarão com o Senhor, no céu; os não-salvos mortos não ressuscitarão (Ap 20:5), e os não-salvos vivos morrerão (Jr 25:33). Mil anos no céu é o tempo de paz e de descanso que Deus reservou para aqueles que aceitaram a Jesus Cristo como Senhor e Salvador e a ele permaneceram leais até ao fim. E este é apenas o começo da eternidade.

Referências bíblicas: Is 24:1; Jr 25:33; Mt 6:9; Jo 14:1-3; 1 Co 15:33; 1 Ts 4:17; Ap 20:4-6, 21:1-3.

29) O juízo final

Cremos que, de acordo com a Bíblia, o juízo ocorre logo depois da morte física da pessoa: E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo (Hb 9:27). Tão logo morre, a pessoa já é, de imediato, julgada inocente ou culpada pelo justo Juiz. Se morreu com Cristo, a coroa da justiça lhe está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, lhe dará naquele dia (2 Tm 4:8a). Se ela morreu sem Cristo, está condenada, porque não creu no nome do único Filho de Deus (Jo 3:18).

Todos conhecerão o resultado concreto desse julgamento permanente e irrevogável, em momentos diferentes: os justos ressuscitados e os transformados, antes do início do milênio, e os ímpios, logo depois do final deste. Após o fim dos mil anos, todos os ímpios serão ressuscitados e postos em pé diante do grande trono branco (Ap 20:12a). Cristo, o Juiz, usará a sua própria palavra para julgá-los (Jo 12:49).

Vale a pena frisar que, desse juízo final, farão parte apenas os ímpios, pois, para os que estão em Cristo, não há nenhuma sentença de condenação (Rm 8:1). Além disso, nessa época, estes já terão tomado parte da primeira ressurreição (Jo 5:24) e passado mil anos com o Senhor, nos céus (Ap 20:5b), quando também receberão autoridade de julgar (Ap 20:4).

Referências bíblicas: Ec 12:14; Mt 7:24-25; Jo 3:18, 5:24, 12:48-49; Rm 8:1; 2 Tm 4:1,8; Hb 9:27; Ap 20:4-5,12.

30) A origem e a extinção da maldade

As Escrituras dão como origem do mal a rebelião de um anjo que ocorreu no céu, numa época anterior ao pecado de Adão. Rebelando-se contra Deus, este anjo acabou por influenciar a terça parte dos anjos, com os quais foi expulso do céu por Deus (2 Pd 2:4; Jd 6; Ap 12:7-9), vindo para a terra. Aqui, já no Éden, Satanás enganou o primeiro casal, que também se tornou pecador, bem como toda a sua descendência (Rm 5:12). Estabeleceu-se, assim, o conflito entre o bem e o mal (Gn 3:15).

Cremos que, de acordo com a Bíblia, para punir aqueles que pecam, Deus utiliza não a tortura, mas a morte (Lv 10:1-2; At 5:1-10). E isso é assim desde que ocorreu o primeiro pecado. A tortura não combina com a justiça de Deus, um dos seus atributos. Sendo assim, Deus não os atormentará eternamente, mas os aniquilará, isto é, os destruirá totalmente. Isso significa que o mal não é eterno, porque teve princípio; e tudo que tem princípio tem fim.

Referências bíblicas: Gn 3; Jó 1:1; Is 14:11-19; Ez 28; Mt 4:1-11, 12:29; Rm 5:12; Ef 6:10-17; 2 Pd 2:4; Jd 6; Ap 12:7-9, 20:2.

31) A nova terra, o lar dos remidos

Cremos que, após serem aniquilados os que se opõem a Deus, haverá um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passarão (Ap 21:1). Então, a muito antiga promessa divina de renovação do presente sistema de coisas se cumprirá plenamente (2 Pd 3:1-13). Esta terra, que fora amaldiçoada por Deus e sujeita por ele à vaidade (Rm 8:20), no princípio, em razão do pecado do ser humano, agora será renovada e purificada de toda impureza e totalmente redimida do cativeiro da corrupção (Rm 8:21).

Os salvos viverão na nova terra, não por algum tempo, mas para sempre, porque esta se tornará a sua eterna morada. Terão perfeita e profunda comunhão com Deus, que vai habitar e comungar com eles continuamente. Por esse tempo, a cidade santa, a nova Jerusalém, já terá descido do céu, da parte de Deus, para se tornar a sede do perfeito governo de Deus, aqui na terra (Ap 21:9-10).

Referências bíblicas: Is 59:2; Jo 14:1-3; Rm 8:20-21; 2 Pd 3:1-13; Ap 21, 22:3.

Tirado: www.portaliap.org

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