Clamor pelo Brasil – O que devemos e podemos fazer como cristãos
DIA 02 DE ABRIL:
SÁBADO DE CLAMOR PELO BRASIL NAS IGREJAS ADVENTISTAS DA PROMESSA
O Brasil enfrenta dias difíceis e delicados, o cenário, político e econômico, tem castigado muitas famílias, deixando-as cheias de incertezas e preocupações. Temos assistido uma batalha entre os “poderes” da nação e há um clima de revolta crescente; acirrada pela polarização entre os favoráveis ao governo e os contrários, numa e noutra situação, sempre questionando as decisões do Judiciário.
A igreja precisa refletir seriamente sobre sua postura diante da crise política e das convulsões sociais. Por isso, a Diretoria da Convenção Geral das Igrejas Adventista da Promessa vem a público para orientar os cristãos promessistas a agirem com prudência neste momento e cuidar-se quanto a excessos. Precisamos nos lembrar de algumas recomendações bíblicas para saber como reagir diante desse assunto.
Nós reconhecemos que as autoridades foram constituídas por Deus. A própria Bíblia diz isso de modo claro (Rm 13:1). O Altíssimo é quem governa o mundo e ele, também o faz através das autoridades. Ou seja, os governantes são instrumentos para promover a justiça e executar os desígnios de Deus (1 Pd 2:13-14). Por isso, Paulo chega a dizer que rebelar-se contra a autoridade ou magistrados é rebelar-se contra o que Deus instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos (Rm 13:2). Isso não significa que não devamos nos opor as autoridades quando estas fizerem o que é contrário à vontade de Deus (At 4:19; 5:29).
Afinal, a igreja possui a responsabilidade de ser “voz profética”. Sempre que aqueles que estiveram no poder estabeleceram leis injustas ou adotaram procedimentos opressores, os servos de Deus se levantaram para cobrar por justiça (Am 5:24). Os profetas, movidos por Deus, sempre denunciaram as injustiças do seu tempo.
A igreja tem a responsabilidade de cobrar os governantes quando necessário, e anunciar o juízo divino sobre eles em caso de corrupção e injustiça social – isto é o que chamamos de “voz profética” da igreja. Ela é a comunidade do reino de Deus, que sinaliza o governo poderoso e justo de Deus. E para cumprir este papel com fidelidade, a igreja não pode ter alianças políticas. Daí o cuidado da igreja para não se envolver em brigas político-partidárias. A legitimidade das denúncias da igreja depende de sua isenção para que sua “voz” não seja confundida com o sonido de um partido político.
A igreja não age em nome de “A” ou “B”, nem na instigação das notícias comuns, mas por causa dos valores do reino de Deus, como se Deus, por ela exortasse. A Igreja Adventista da Promessa continua a afirmar a necessidade da justiça! Não se constrói um país para todos, sem justiça. Somos contra a corrupção, a lavagem de dinheiro, a sonegação, o enriquecimento à custa do trabalho dos mais pobres e desvio de verbas públicas.
Apoiamos iniciativas que promovam a vida, deem condições justas e dignas para as pessoas, que estão dispostas a defender os oprimidos e a fazer cumprir a lei para o opressor, o corrupto e o corruptor. Desafiamos cada cristão a exercer sua cidadania com responsabilidade: Lembre a todos que se sujeitem aos governantes e às autoridades, sejam obedientes, estejam sempre prontos a fazer tudo o que é bom (Tt 3:1). Devemos agir com prudência diante da crise de nosso país e saibamos apresentar nossas opiniões sem exageros, rótulos ou ofensas pessoais.
Fazemos um pedido especial àqueles que exercem cargos de liderança: cuidado aos princípios bíblicos, sejam sábios na hora de manifestarem-se publicamente sobre a crise brasileira. Ademais, queremos conclamar todo cristão promessista a jejuar e orar pelo nosso país. Não nos esqueçamos da recomendação do apóstolo: Antes de tudo, recomendo que se façam súplicas, orações, intercessões e ação de graças por todos os homens; pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e dignidade (1 Tm 2:1-2 – grifo nosso).
É um mandamento que está em vigor, não só para a geração do apóstolo Paulo, e nem só para a primeira geração de cristãos. Aliás, se existem pessoas que poderiam questionar este mandamento eram os primeiros cristãos, afinal, a maioria deles foi perseguida pelas autoridades. Mesmo assim, temos o mandamento: “Orem por eles”. Paulo estava dizendo que os cristãos deveriam orar, dentre outros, por Nero!
O Espírito Santo nos pede, por meio da Palavra, para que oremos por nossas autoridades e por nosso país. Sábado, dia 2 de Abril, a Igreja empunhará as armas espirituais corretas, pelo que convocamos todos os promessistas para juntos erguermos um Clamor pelo Brasil. Separe um momento entre a Escola Bíblica e o culto para essa finalidade.
Vamos jejuar e orar pelo nosso país, pelos líderes dos três poderes para que a misericórdia de Deus nos permita ver a justiça correndo como águas. Jejuemos e oremos Promessistas, para que nunca falte o pão e o emprego ao brasileiro. Que Deus nos dê discernimento diante desse tempo e faça a sua vontade em nossa nação.
É hora de dobrarmos nossos joelhos, sem ira, nem contenda, mas com a correta motivação de que Deus conduza nosso país para o bem. Ele pode nos ouvir e sarar a nossa terra! É tempo de nos humilharmos, confessarmos nossos maus caminhos, jejuar e orar para que Ele nos ouça! ELE PODE nos abençoar!
Oremos com fé para que as coisas em nosso país voltem à normalidade. Ainda assim, afirmamos: a solução para nosso país não está no partido “A” ou “B”, a solução não passa pela simples troca das pessoas que estão no governo. Não depositamos nossa confiança em pessoas ou partidos.
A igreja não é de esquerda ou direita, até porque nossa esperança de governo ideal reside na manifestação do Reino de Deus em plenitude na terra. Até lá, lutemos por justiça, votemos conscientemente, oremos por nossos governantes, e mesmo que Deus nos dê a graça de vermos dias melhores, nós sabemos que o alento será temporário. A definitiva manifestação da justiça e da paz só virá quando Jesus devolver o Reino a seu Pai (1 Co 15:24-25, 28).
Que Deus tenha misericórdia de nós!
Texto tirado da pagina www.portaliap.org
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