VAIDADES
Deixamos de viver coisas essenciais na vida, porque perdemos tempo com coisas que são fugazes e passageiras
As palavras do Mestre, filho de Davi, rei em Jerusalém: “Que grande inutilidade! “, diz o Mestre. “Que grande inutilidade! Nada faz sentido!”
(Eclesiastes 1.1-2)
Você já pensou em desistir alguma vez? Você já pensou em “curtir” a vida e depois se preocupar com outras coisas? Já pensou em fazer tudo o que tem direito nessa vida para depois servir a Deus? Bebidas, festas, noitadas, jovens com os hormônios à flor da pele. O “tutstutstuts” da noite te envolvendo. Ou quem sabe, você prefira poupar aquele amontoado de dinheiro. Construir maravilhosas casas.
Já pensou nisso? Pois bem, Salomão, em todo seu vigor, no auge de sua mocidade vivencia momento prazerosos, tais como estes que acabei de citar. Ele se deleita nas bebidas, nas noitadas de festa, na mulherada, e ao final de provar tudo isso, Salomão chega ao final da vida e diz que tudo é vaidade. Que nada faz sentido. Que tudo é uma grande inutilidade.
Mas porque será que mesmo assim, sabendo que tudo não passa de vaidade – porque grande parte dos jovens sabem – muitos jovens e adolescentes já se entregaram e, muitos até hoje se entregam para tudo o que este mundo pode oferecer? Lembrem-se: ele não oferece nada de bom. O grande desafio de nossos dias é vivermos uma vida para a glória de Deus, e este é o real propósito para o qual fomos criados, pois fomos feitos para louvor da sua glória, diz o apóstolo Paulo, em Efésios, capítulo 1.
Salomão foi alguém sensacional. Eu vejo refletida nele uma grande multidão de jovens da atualidade que, assim como o sábio, filho de Davi, tem-se deixado levar pelos prazeres momentâneos que as circunstâncias nos oferecem. É muito mais fácil aceitar um convite para uma festa, do que para ir à igreja.
Mas porque será que é desta maneira, sendo que deveria ser totalmente ao contrário? Nós, muitas vezes, gastamos energia, nossa disposição e o melhor de nós brigando por causa disso e por causa daquilo; causamos até intrigas, confusões, mas, depois, vemos que nada daquilo tinha sentido, foi tudo perda de tempo. Nós deixamos de viver coisas boas, essenciais na vida, porque perdemos tempo com coisas que são fugazes e passageiras.
Olhem para os bens materiais que nós, muitas vezes, preocupamo-nos em ter; uma coisa que era muito importante para nós ontem, depois de um dia, ou passado algum tempo, já não tem mais nenhum valor, foi esquecida, foi deixada num canto, perdeu o significado. No mundo, onde as transformações são tão rápidas, automáticas, deixar-se iludir e enganar-se pelas vaidades é uma terrível tentação! Sobretudo, num mundo onde estamos nos comparando uns com os outros, queremos ter o que o outro tem, ser o que o outro é, e assim, a vaidade vai tomando conta do nosso coração.
Salomão nos oferece a oportunidade de compreender o vazio e o desespero com os quais aqueles que não conhecem a Deus têm que lidar. Aqueles que não têm uma fé salvadora em Cristo se deparam com uma vida que, no fim das contas, vai acabar e tornar-se irrelevante. Se não há salvação, e não há Deus, então não existe nenhum sentido, propósito ou direção para a vida.
O “mundo debaixo do sol”, longe de Deus, é frustrante, cruel, injusto, breve e de total “vaidade”. No entanto, com Cristo a vida é apenas uma sombra das glórias por vir em um paraíso que só é acessível por meio dele.
De nada irá nos adiantar corrermos iguais loucos para realizarmos nossos prazeres e sonhos. Não que isto seja pecado ou que Deus condene tais atitudes, mas temos que ter a certeza de que o temor a Deus é o princípio da sabedoria, portanto temendo a ele, teremos direcionamento em nossas vidas. Enquanto temos vida, vamos falar do amor do Pai por nós. Enquanto temos forças em nossos braços e pernas, vamos proclamar o Rei. Enquanto somos fortes, falemos de Jesus e vivamos para ele de maneira que o agrade.
Lucas Timóteo Moraes é professor da Escola Bíblica na IAP de Japurá (PR). Texto copiado do portaliap.org
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