Pequenos grandes males


“Porque eis que passou o inverno; a chuva cessou, e se foi;

Aparecem as flores na terra, o tempo de cantar chega, e a voz da rola ouve-se em nossa terra.


A figueira já deu os seus figos verdes, e as vides em flor exalam o seu aroma; levanta-te, meu amor, formosa minha, e vem. Apanhai-nos as raposas, as raposinhas, que fazem mal às vinhas, porque as nossas vinhas estão em flor.” (Cânticos 2:11-13, 15)




Há pecados e pecados, não é assim que alguns pensam? Vez ou outra, queremos classificar pecados grandes e pecadinhos pequenos, alguns socialmente aceitos e até justificados com texto bíblico, principalmente os de ordem moral que são fragmentados do texto para justificar os erros pessoais, como “a carne é fraca mesmo”. O texto completo diz: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.” (Mateus 26:41).

Outras pessoas dizem: “peco mesmo, mas nesta igreja tem gente pior do que eu”. O critério dessas pessoas que adotam este comportamento é valer-se do pior, o caráter delas não é valer-se de Cristo, no qual todos devemos espelhar, mais do pior, para justificação do seu caráter e comportamento ruim.

Não tropeçamos em pedras grandes, delas desviamos. Tropeçamos em pedras pequenas, elas sim, não estão no raio de visão que os nossos olhos e atenção detectam, por isso, nos ferimos acidentalmente.

É difícil falar em nome de Deus, porque para agradar a todos ou a maioria, é só não apontar erros de ninguém, isso também não é um suave veneno, letalmente destruidor?

Se uma igreja prega na Bíblia só aquilo que lhe é conveniente e de seu mero interesse, ela está pregando uma “meia verdade”, e meia verdade é mentira. “O meu povo cometeu dois crimes: eles abandonaram a mim, a fonte de água viva e cavaram as suas próprias cisternas, cisternas rachadas que não retêm água.” (Jr 2:13).

Pela reta justiça, em João 7:24, associada à inteligência espiritual, não podemos racionalizar pecado, não podemos suavizar erros, isto seria fazer pouco caso da graça e da revelação que tivemos de Deus, que recebemos mediante a revelação divina, que temos e conhecemos via Bíblia Sagrada.

Deus quer nos gerenciar, ele quer dirigir as nossas vidas em escalas de valores crescentes (Pv. 4:18). “Ser hoje melhor que ontem e amanhã melhor do que hoje”. “Ele tem um objetivo maior para você e para mim que é chegar a unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito à medida da estatura completa de Cristo.” (Efésios 4:13).

Não vivemos de utopias, sonhos lúdicos e sim da razão da Palavra de Deus. ”Filho meu, atenta para as minhas palavras, às minhas razões inclina o teu ouvido”. (Pv 4:20). As razões da Palavra de Deus me dizem que haverá um juízo final, um ajuste de contas, a vinda de Jesus, tribunal de Deus, lago de fogo para os infiéis, vergonha e desprezo eterno (Dn 12:2) e até indiferença da parte do Senhor quando ele disser aos infiéis: “Não vós conheço” (Mt 25:12). Portanto vale considerar hoje, agora, urgente, “os pequenos grandes males” existenciais das nossas vidas e usar a graça de Deus, ainda disponível a nós, para banir, expulsar e expurgar todos eles.



Pr. Omar Figueiredo dos Santos é responsável pelas IAPs em Jardim Paineira e Itaquera, na Convenção Paulistana Leste. Texto retirado do site www.portaliap.com.br

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